quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Homenagem à Vinícus de Moares

Poeta, digo agora, na comemoração de teu centenário, o que não pude te dizer pessoalmente...

Soneto da Imortalidade


De um grande e decassílabo soneto,
Cuja forma se foi transfigurando,
A tua imagem - aos poucos – fulgurando,
A mim proveu, sugerindo o quarteto.

Em vasto mundo de tantos poetas,
Como me espantei, nobre poetinha...
“Privilégio!”, pensei na entrelinha,
“Sou ninguém para te fazer serestas!”

Sorrindo, do alto da tua verdade
                                      Tu  calaste, pois tudo já foi dito:
                                      Em cada verso, tanta saciedade!

Eu, resignada, olhei para o infinito
E na tua obra estava a eternidade,

E o amor, e tudo que já foi escrito.    

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